segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A 2ª chance


Era um dia frio e normal, como qualquer outro e Catarina decide sair. Foi até um bar, que rola música ao vivo, pra se distrair um pouco, afinal, sua vida não era uma das melhores. Tinha depressão, vivia tendo pensamentos ruins, já tentou até por fim em si mesma. Toma remédios controlados diariamente, e pra ajudar na sua situação; foi traída pelo seu último namorado, que era 10 anos mais novo(...)

Segundo ela, não gostava de viver, e usava do cigarro, bebida; como válvula de escape para seu sofrimento enquanto pessoa. E só trabalhava para seu sustento, se não fosse por isso, vivia trancafiada em seu humilde apartamento, até que um dia alguém lhe desse falta. Ela não vê motivos cabíveis para sua existência e reza todos os dias... [reza, não no sentido de se doar á Deus, mas de se implorar ao pior]. 

Partia muito do conceito de 'não sou boa o bastante, não mereço viver' ou 'pra quê existir?'. (...)

Até que, eis que resolve surgir alguém no bar. Camisa xadrez, calça jeans e tênis, era como estava vestido. Seus cabelos eram pretos e seus olhos castanhos claros. Ao entrar, Catarina se hipnotizou. 
'Quem será ele?' - foi no que pensou. Como todas as mesas estavam ocupadas e a única que tinha lugar era de Catarina, ele não hesitou em pedir licença, para se sentar.

- 'Como se chama jovem?'
- 'É... Catarina!'
- 'Lindo nome... está esperando alguém?'
- 'Não!' - responde envergonhada.
- 'Ah. Sempre quis vim nesse bar, todos falam super bem! Já tomou o drink da casa?! Dizem que é o melhor!'
- 'Não!' - responde ainda hipnotizada.
- 'Você não é muito de conversar ou estou lhe incomodando?'
- 'Não e não. (risos) Desculpe, é que sou tímida, com quem não conheço!
- 'Ah. Eu que desculpo. Sou o contrário, 'entrão' e falante! (risos) Tem planos pra essa noite?'
- 'Err...' (engolindo seco) 
- 'Ah, perdão, vc deve ter namorado e eu aqui...'
- 'Não, não tenho. Mas é que, andava meio fechada pra relacionamentos ultimamente!'
- 'Mas porque? Você é jovem e bonita. Tem que aproveitar!'
- 'É. Sei disso. Mas...' 

Catarina se levanta da mesa e segue para a saída. O rapaz ficou assustado sem entender e vai atrás.


- 'O que houve Catarina?'
- 'Nada. Lembrei que preciso acordar cedo e já está ficando tarde. Me desculpe!'
- 'Tudo bem. Quer que eu lhe acompanhe até em casa?'
- 'Não, tudo bem. Moro aqui perto...'
- 'Não. Eu faço questão. Afinal, já está tarde e tem muito bandido por aí essa hora!'


Catarina dá um leve sorriso, que há muito ninguém á arrancava e como já estava encantada, se sentiu á vontade com ele. 

- 'Chegamos! É aqui...' - apontando para seu apartamento.
- 'Ah. Agora sei onde mora. Posso lhe visitar qualquer dia desses?'
- 'Err... claro! Ah. Desculpe, não perguntei seu nome?'
- 'Pensei que não fosse perguntar! (risos) É Ryan, mademoiselle!' - fazendo gestos como um cavalheiro á moda antiga.
- '(risos) Lindo nome!'
- 'Brigada.'
(silêncio)

Os dois se olhavam e nada diziam.

- 'Bem. Vou entrar!'
- 'Ah sim. Tenha uma ótima noite, Catarina!'
- 'Brigado Ryan e valeu pela companhia, estava precisando, você apareceu na hora certa!'
- 'Você não gostaria do meu telefone? Porque, eu quero o seu. (risos)'
- 'Ah, claro. Vou anotar aqui no papel pra você!' - ela abre a bolsa e pega um papel, anotando o nº - 'Pronto! Aqui está!'
- 'Agora sim vou embora feliz. Boa noite!' - Ryan se despede, enquanto Catarina observa e lhe dá com a mão.


Ela entra, toma um banho e se prepara pra dormir. Deita na cama e só sabe pensar no Ryan, parece que conseguiu se encantar, depois de meses sozinha. Ao acordar, no dia seguinte, abre a porta e(...)




(continua)

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